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  • Foto do escritorRenata Bomfim

Instituto Reluz Cobra do poder público, leis contra o tráfico e caça de animais silvestres no ES.



No dia 27 de abril de 2022, o Instituto Ambiental Reluz esteve na Assembleia Legislativa do ES, cobrando do poder público, ações que coíbam a caça e o tráfico de animais silvestres em áreas naturais. O convite que a presidente do Instituto Ambiental Reluz recebeu para explanar acerca do tema, foi uma resposta à solicitação feita em 2021 à Comissão de Proteção ao Meio Ambiente e aos Animais.



O colegiado foi presidido pelo deputado Dr. Rafael Favatto. A presidente do IAR relembrou o caso da quadrilha organizada de tráfico de animais, atuante há 15 anos no norte do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo Renata "Eles entram nas florestas, pegam os animais, matam as mães para capturar os filhotes, depois os comercializam. Isso é crime”.


A Polícia Federal fez essa operação – batizada de Aveas Corpus – em conjunto com o IBAMA no final do ano passado. Segundo Renata a caça e o tráfico nas áreas de proteção ambiental ainda continuam a acontecer, por todo o estado. “Somos guardiões da floresta, mas queremos ajuda do poder público. Precisamos do apoio da Polícia Ambiental, do Ibama, A dos órgãos fiscalizadores. Eles são peças-chave para a resolução desses problemas". Destacou, ainda, que a caça é uma prática trazida desde a época da colonização. “Essa caça desenfreada é fruto de uma cultura histórica. Além disso, a caça esportiva foi mais incentivada com a facilitação do acesso a armas de fogo. Precisamos mudar isso, com educação, conscientização, informação sobre as leis e os crimes ambientais”, Renata Bomfim solicitou ao colegiado a criação de um grupo de trabalho, com participação de representantes de áreas naturais, conselhos e órgãos fiscalizadores, com o objetivo de diminuir o problema da caça no Espírito Santo. Além da caça, outra ameaça aos animais silvestres é a perda do habitat. Além da caça, o problema do desmatamento foi trazido para discussão, a presidente do IAR falou do fenômeno da floresta vazia. “Existe uma tendência de desmatamento para construção de condomínios, que não pode continuar. Não somos contra o desenvolvimento das cidades, mas não podemos derrubar a Mata Atlântica dessa forma. Temos o privilégio de ter um braço do Rio Jucu cortando nossa reserva (RPPN Reluz), então somos testemunhas do assoreamento e de outros problemas causados por desmatamentos”, alertou.


Renata Bomfim lamentou a ausência de representantes dos órgão fiscalizadores na reunião e solicitou que um novo chamado seja realizado. O médico aposentado e também ativista ambiental Adalberto da Cunha participou da reunião e propôs que o poder público vá à loco observar essas realidades, ele destacou que existem experiências exitosas, como um condomínio em Domingos Martins que é um exemplo de como é possível preservar a mata, mesmo com moradia. Ele sugeriu, ainda, que os parlamentares façam projetos de lei para estimular o turismo ecológico, de observação de aves, botânica e flora. “Isso pode conseguir minimizar essa destruição que vem acontecendo com as matas. Temos um compromisso com o futuro, precisamos ter isso em mente. Não só os animais são afetados, mas o ser humano também”.


A reportagem, na íntegra pode ser lida no site da ALES

Reportagem de Luciana Wernersbach, com edição de Nicolle Expósito 27/04/2022.

Imagens de Ellen Campanharo.

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